quarta-feira, 16 de janeiro de 2008

O Dilema de Deviz Simango...Fazer ou não fazer? Eis a questão...






Deviz Simango presidente do munincípio da Beira convive com uma "hostilidade política" passiva e activa, tal que certamente põe em causa, de alguma maneira, a sua liderança. O facto do munincípio estar a ser gerido(bem) por um partido na oposição(Renamo) parece ter levado ao limite, a "tolerância política" do partido no poder. Os discursos falam por si. Veio o secretário geral da Frelimo tentar tirar mérito das realizações de Simango. Nas suas palavras, o munincípio não tem dinheiro nem para pagar salários e vive do dinheiro do governo central(da Frelimo), mas nós sabemos que para além das receitas locais os munincípios contam com ajudas dos seus parceiros económicos, e mesmo quando o governo central(da Frelimo) disponibiliza fundos para o funcionamento dos munincípios, não o faz por generosidade nem por misericórdia temos ainda que lembra que esse tal dinheiro é do estado moçambicano, resultado dos impostos que nos são cobrados e da generosidade da comunidade internacional que contribui com mais de 60% no OGE.
Veio o ministro da administração estatal tentar "defender uma desordem" só porque Simango queria "limpar a casa" e essa "limpeza" incluía o lixo da Frelimo.
Agora é o generoso gesto do CMCB (oferta de uma ambulância) ao carenciado CSM que parece gerar "tempestades políticas". Indo ao "rigor da lei" diz-se que Simango "intrometeu-se" na área da saúde que não é da responsabilidade do munincípio. Querendo apoiar o sector da saúde teria que fazê-lo através do governo provincial(DPS). Nas palavras do Dr. Baptista, director provincial da saúde a ambulância devia ser entregue ao serviço de ambulâncias e não directamente ao CSM. Quem garantiria à Simango que a ambulância serviria ao verdadeiramente carenciado povo da Munhava? Como é que essa oferta ao governo provincial seria encarada? Uma provocação? Uma lição de governação(oque se deve fazer para o povo)?
O pior é quando o gesto de Simango é reduzido à uma simples propaganda política. Pensam uns que Simango exagerou-se ao usar recursos da autarquia para fazer política mas esquecem-se que esses recursos estão sendo usados pelos autarcas.
As boas acçõs do CMCB vão sempre ser interpretadas como campanha política oque até parece "pecado". Que mal há em ganhar simpatias políticas sem ferir o povo, sem ferir as leis? Que mal há?

6 comentários:

Anónimo disse...

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Bayano Valy disse...

cao nélson,
estamos aqui perante um problema de governação. a gestão da coisa pública continua a ser um problema para muitos políticos. para uns a coisa pública confunde-se com coisa da frelimo e para outros confunde-se com coisa pessoal. politicamente falando, acho que o desempenho positivo de simango não deixa tranquilo a frelimo e tudo o que faz deve ser desvalorizado. houve aquela de tentar retalhar o município com a criação do agente do governo. não te esqueceste, pois não?
tudo o resto não passa de manobras políticas. o que simango tem de fazer é mostrar-nos que é um político ágil e que detém o remoto controle - até aqui tem sabido fazer isso. o resto é cantiga...

Ximbitane disse...

Não creio que o problema seja do Deviz Simango, mas dos que agem em torno dele.
A preocupação primeira dele deve ser continuar a executar o trabalho com a mesma energia e garra como tem sido até agora.

Nelson disse...

Minha preocupação é no entanto o grau de honestidade dos críticos de Simango. Não acreditam que o gesto de Simango pode estar despido de "interesse político". Como posso acreditar que as suas críticas estejam despidas de "interesses políticos"

Reflectindo disse...

Concordo com Bayano e Ximbitane. Deviz Simango deve continuar a fazer aquilo que lhe convence como servir aos munícipes da Beira. Quem quer sabe que é o que ele faz. Nós deviamo-nos orgulhar por Daviz Simango. Ele ajuda-nos a exclarecer o mundo que em Mocambique temos homens íntegros.

O governo de Sofala entendeu dar burros como ambulância e Simango ambulâncias-carros bem equipadas. Em 2005, na despedida na sua despedida, Francisco Songane distribuiu (36 ou 38, não me lembro bem) carros aos chefes em vez de aos doentes. O tal director Baptista não reclamou nem lamentou.

Nelson disse...

É essa falta de integridade que para mim tira o mérito de seja lá qual for o argumento. Não é verdade quando se alega falta de meios. Prova disso(se me pedirem) são os gastos desnecessários que assistimos nas viagens do PR sua esposas em companhia. Gastos desnecessário. Um aparato logístico incrível. Assisti bem de perto a visita do PR ao distrito de Cheringoma. Uma "esbanjação" revoltante.
Há meios sim! Oque falta são prioridades.