Conheço Zambeze desde os dias de menino
Quando ambos pequeninos
Por essas alturas de embriaguês
Corriamos atrás dos pepinos
Que inocentes flutuavam no seu ventre
Me lembro como Zambeze se fazia grande
Inundava bananeiras e papaeiras
Inundava crocodilos
E ria-se às gargalhas
Zombando a pequenês dos hippos
Eramos ambos pequeninos
E nas lareiras das noites chuvosas
Agasalhados pelo frio
Nos contavam histórias distantes
Das brincadeiras do Zambeze
Zambeze cresce todas vezes
Cresce todos dias
Basta que o coveiro anuncie a sepultura do Dezembro
Basta o sol de Janeiro nascer
Zambeze cresce
Cresce desde o tempo que éramos ambos pequeninos
Desde até antes de existirmos
Hoje Zambeze cresceu
E o povo esqueceu
Que Zambeze cresce todos dias
Basta que o coveiro anuncie a sepultura do Dezembro
Basta o sol de Janeiro nascer
Zambeze cresce
Sem comentários:
Enviar um comentário