terça-feira, 30 de dezembro de 2008

EVENTOS E PERSONALIDADES DE 2008




Por essas épocas(fim do ano), surge aquela “febre” de eleição dos eventos e personalidades que marcaram o ano. Não vou me excluir desse exercício, por isso vou aqui apresentar duas personalidades e duas figuras que para para mim foram inequivocamente as mais marcantes do ano.
Consegui contornar a “chatice”que é voltar no tempo e vasculhar o tanto de eventos e personalidades para escolher os mais mais. Consegui fazer coincidir os eventos às personalidades.
Para mim, a nível nacional, o evento mais marcante foi sem dúvida a victória de Deviz Simango nas eleições para a presidência do município da Beira. E a figura do ano Deviz Mbepo Simango. Na arena internacional a figura do ano foi Barack Obama e o evento mais marcante a sua victória nas eleições presidenciais americanas.
Estes eventos e personalidades foram inéditos. Nunca na história da nossa jovem democracia,há quem inclua África toda, algum candidato independente se deu tão bem com Deviz se deu. Muito mais do que ser candidato indepentente Deviz foi antes de vencer vítima de um sem número de maquinações tendentes a desaminá-lo. Lembro-me das diferentes acusações que foi vítima. Durante a campanha, a Frelimo mandou para Beira os seus pesos pesados incluindo os grandes Filipes Paúndes e Edson Macuacua para fazer face a clara popularidade de Simango. Apesar de tudo e todos, Deviz venceu e convenceu.
A atitude corajosa de Simango deixou claro que qualquer candidato sério que “passe’no exame que o povo lhe submeter, não precisa necessariamente de se “rebocar”dum partido político para ser eleito. Serviu também para mostrar que o povo(pelo menos da Beira) Sabe oque quer, e sabe mostrá-lo.
O mesmo poderá se dizer da victória de barack Obama.. obama partiu para essa aventura eleitoral coberto de desvantagens. Nas primárias desafiou e venceu a exepriente e popular Hillary Clinton. Para além da juventude e inexperiência, Obama tinha um mito por quebrar. Nunca antes dele um “não branco”tinha vencido eleições americanas. Obama concorreu e venceu, depois de ter convencido os amerianos(brancos, negros, católicos, protestantes,republicanos,democratas, etc) que a mudança que tanto anseiavam estava prestes a chegar. Para victória de Obama contou, penso eu, o estado saturado em que os americanos se encontravam em relação a admistracão Bush.
Obama e Simango simbolizam juntos a possibilidade de mudança ou simplesmente que “YES WE CAN”

segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

Diario de Ferias II ( A chegada)


Ola Mariazinha.
Como deves imaginar já estou em Quelimane. Tem muita muita vida por viver e pouco tempo para escrever e cumprir com o compromisso de manter “updated” o nosso diário de férias. Me alivia a consciência o facto de ter deixado bem claro que não tinha certeza se esse diário não passaria dum simples desejo.
Deixei Chiveve na manhã de 24 de Dezembro justo no dia em que como te deves lembrar, o chefe do estado ia ao parlamento falar doe stado da nação. Como fiquei a saber mais tarde, Armando Emília Guebuza disse, tal como nos outros anos, que o estado da nação é bom. Afirmação que foi contestada por cerca de 70% de moçambicanos atraves duma “sondagem de opnião”feita pala STV.
A viagem foi rápida. Estabelici um record, pois nunca antes tinha chegado antes das 15 horas. Pela estrada já se ve um verde intenso cobrido a terra. O milho germina com toda força e vai “esverdecendo”os campos. Ao chegar a Caia me dou com as obras da ponte num estado bem avançado. Vim a saber mais tarde na voz do Ministro das obras públicas e Habitação, que já estão concluídas cerca de 70% das obras e correndo tudo bem se fará a entrga da ponte até Maio de 2009.
Cheguei a Quelimane.
A cidade esta diferente, tinha que estar, afinal forma quase 12 mêses de ausência. Um pouco por todo canto andam edifícios novo e ou velhos mas “vestidos” de nova roupagem que se responsabilizam por essa mudança que salta aos meus olhos.
As ruas, algumas, andam esburacadas como sempre estiveram dificultando o trânsito quase congestionado por tantas bicicletas taxis qie andam por ai. Por falar em bicicletas taxis, fenómeno que se popularizou nessa cidade, está cá há três semanas o mano Bocas para o seu trabalho de campo justo sobre bicicletas taxis. Bocas está se formando em Sociologia pela UEM e decidiu entender melhor esse fenómeno.
Pelas ruas, em algumas paredes e postes, estão patentes os vestígios das campanhas eleitorais com “posters” abusivamente colados. Se alguém se baseasse nesses vestígios para descobrir quem foram os candidatos que se degladiaram por essa cidade, se enganaria em pensar que pio Matos candidato da Frelimo não teve adversário pois não me lembro de ter visto cartaz de qualquer outro.
Olha. Me deixa ficar por aqui, porque tempo está raro. Volto assim que poder. Tenho algumas fotos para poupar palavras, basta lembrar a máxima “uma imagem vale por mil palavras”

segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

SE O ESTADO DA NAÇÃO FOR BOM


É já na próxima quarta feira que o chefe do estado vai ao parlamento falar do estado da nação. Entre outras questões Guebuza tem a “obrigação” de falar no seu informe, dos últimos acontecimentos relacionados a criminalidade. A fuga de trio Anibalzinho, Samito e Todinho assaltos a esquadras da polícia, assassinato bárbaro do comante da ordem pública e a exoneração do comandante geral da Polícia. Gebuza deve pronunciar-se dos casos Manhenje, ADM entre outros. Pode ser que mesmo com todos essas questões que no meu deficiente entender são sinais duma nação num estado “não bom” o chefe do estado venha dizer que o estado da nação é bom. Pode ser que para Guebuza a questão da criminalidade nos níveis que atingiu não seja assim tão grave.
Se para Guebuza o estado da nação for bom com foi nos outros informes, ficarei imaginando oque seria para Guebuza, um estado não bom. Ficarei me perguntando se é do mesmo estado(Mozambique)que temos estado a falar.
Vamos esperar para ver ou melhor ouvir.

Diário das Férias I (A Viagem)



Oi Mariazinha.
Depois do Adeus podia não haver mais nada a dizer mas olha que a mana Ximbitane sugerio um “ diário de férias” por isso vou tentar, que fique bem claro, tentar “escrever” esses dias.
Deixei Chitengo na passada Sexta Feira. Iniciaram assim as minhas bem merecidas férias. Meu último dia no acampamento foi uma verdadeira maratona. Tinha que ter certeza que todos os pendentes estavam resolvidos antes de deixar Chitengo. A chuva que ia caindo miudinha mas incomoda soube atrapalhar mas acabei saindo com consciência tranquila para Chiveve que me aguarda faz algum tempo. Não ponho nas contas as vezes que vou a Beira em Serviço. O corre corre característico do meu trabalho não me deixa ”desfrutar” a Beira.
Ao longo da viagem meus olhos vão “engolindo” extensas áreas lavradas, regadas pelas chuvas abundantes que caem faz dias por essas bandas. Terra com semente pronta para germinar. Há esperança para os camponeses que já vinham se queixando da demora das chuvas.
Cheguei a Beira Mariazinha já ao anoitecer e já se sente o cheiro das festas.
Sábado dei uma voltinha pela cidade. Queria medir o “pulso” das lojas e comecei pela SHOPRITE que estava um verdadeiro bazar. Cheio para caramba. Da shoprite me perdi pelo mercado do Goto e por ai. Mariazinha era tudo mentira que os preços não subiriam na quadra festiva. Mentira que infelizmente nem é nova pois todos os anos nos dizem a mesma coisa e na hora H vemos os produtos a custarem mais 100 paus 200 e por ai.
Com a chuva que vai caindo Beira está igualsinha a si mesma. As periferias estão inundadas.
Hoje é segunda feira e decidi vir teclar antes de partir para Mafambisse. Passarei lá a tarde. Amanhã vou terminar com Beira pois Quarta feira estarei pegando estrada com destino a Quelimane.
Até te deixo esse abraço caloroso.
P.S: Nem valerá a pena me ligares pois a Mcel entrou naquele periodo que é difícil usá-la, sabes com é? Foi assim em 2007, 2006, 2005...

As reticiencias do Dr. Niquice


Assisti ontem a mais um “Ponto de Vistas” e fiquei impressionado pela forma evasiva como o Dr. Niquice respondia as questoes que lhe eram colocadas.
O ponto mais marcante foi quando lhe foi pedido que comentasse as declaracoes do general Zinocacassa. O Dr. Niquice chegou ao ponto ridiculo de dizer que precisava de “mais subsidios para comentar”, que tentou falar com Zinocacassa para se esclarecer. Tenho para mim que Niquice “temia” contrariar o discurso oficial, me deu ate saudades do Dr. Amorim Bila.

Mcel Igual a si Mesma


Ate porque nem me supreendi quando me dei conta que a Mcel anda com problemas. Quem nao se lembra que tem sido assim com a unica diferenca de ter comecado mais cedo nesse ano? Quem nao sabe que a Mcel tem a mania de nos privar de comunicar quando chega a epoca das festas coincidentemente a epoca que mais queremos comunicar?
A desculpa tem sido congestionamento de sei la oque. Desculpa que nao me convence mais depois que ando a ouvir por ai das inovacoes que a “amarelinha” vai adoptando.
“Porque navegar se juntos podemos voar”.
Hoje infelizmente nem andar podemos.
Estou com medo do futuro.

segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

Adeus Mariazinha


Adeus Mariazinha.
Vou dentro de dias deixar o Chitengo.
De 19 de Dezembro à 17 de Janeiro estaremos off numas ferias colectivas agravadas pela épocas das chuvas que saba nos estragar o negócio do Parque. As picadas ficam alagadas, intransitáveis e os safaris impossíveis. Pretendo passer dois ou três dias na Beira antes de rumar à Quelimane onde pretendo passer o Natal e o ano novo. Correndo tudo como quero ainda penso em dar um pulo à Nacala para conhececer e conhecer alguns amigos até agora virtuiais.
Digo Adeus e ficas com a impressão que estou de partida. E estou. Talvés essa não seja última carta que te escrevo antes do fim do ano mas acredito que sera última daqui de Chitengo.
Quero agradecer-te Mariazinha pelo ano que passamos juntos. Podes não teres percebido o quão importante foste para mim. Apesar de “distante” sobre todos os pontos de vista estiveste bem presente e por isso te sou eternamente grato. O ano foi “longo”. Cheio de coisas e coissinhas boas e ruins. Procurei sempre que pudo te contra um pouco do que ia vivendo por cá e cada vez que o fazia era como se revivesse oque ia te narrando. Cheguei mesmo a me perguntar se eras mesmo imaginária, se existias realmente apenas nesse meu mundo da telinha. É que as vezes te ouvia as perguntas, te sentia as lamentações e as saudades de te escrever eram incrivelmente reais.
Nessas ferias não vou poder escrever, mas faz tempo que não te escrevo regularmente por isso penso que não fará muita diferença.
Mariazinha esse ano, em jeito de balance, foi de muitas mudanças. Deixar Beira e tudo oque ela representava, para passar a morar e trabalhar aqui no Chitengo(Parque Nacional da Gorongosa) foi uma mudança das maiores. Para trás ficaram amigos, colegas da faculdade e muito mais. Mas em troca nasceram outras amizades. MAriazinha uma coisa que ficou provada para mim mesmo é que eu(Nelson) sou bom de fazer amigos. Sei que elogio sabe melhor vindo de boca alheia mas as vezes tem que vir da própria boca. Não achas? Aqui fiz muitos e bons amigos. Pessoas que me disseram que eram chatas e que devia ter cuidados com elas, achei-as(quem sabe tornei-as) mansinhas. Descobri(provei) que todo mundo tem algo de especial e basta quererermos para descobrir e desfrutar o lado especial das pessoas. Nãointeressa quão distante as pessoas estejam, podemos desfrutar de sua companhia e bondade.
Mariazinha digo adeus só porque vou deixar Chitengo, donde te escrevi nesses últimos dias mas não te deixo de jeito nenhum.
Quando atravessar o Zambeze vou me lembrar de ti. A grandeza do Zambeze conjugada com a sua “pequenez” que vai se evidenciando a medida que se vai erguendo a ponte sobre ela, vão me lembrar desse contraste que é estares presente e ausente, distante e próxima, seres virtual e real.
Vou nessas ferias curtir essas coisas típicas lá da terra do coco. Não me lembro quando foi a última vez que bebi água de lanho. Mariazinha não quero de deixar com agua na boca senão ainda decides vir comigo oque nem seria mau. Deixa-me ficar por aqui mas antes desejar-te um feliz Natal e próspero 2009
Nelson Livingston

domingo, 14 de dezembro de 2008

Ainda Sobre Anibalzinho


Cronicas semanais de Luis David blog que vale a pena visitar regularmente, faz parte dos meus favoritos. Com o titulo "colocam em dúvida se vivemos num estado capturado" emcontrei la a cronica que trouxe aqui para meu mundo:

" Muitas e muitas vezes, ganham direito a letra de Imprensa críticas a telenovelas. Sobretudo de origem brasileira. Mas, nós por cá, internamente, também temos as nossas novelas. Uma delas, conheceu novo capítulo. Novo episódio. Se é novela humorística, se é dramática, se é trágico – cómica, ainda ninguém se atreveu a classificá-la. Mesmo com esta falta, com esta falha, com esta ausência de clarificação e sem sabermos quando iremos assistir ao próximo episódio, ao próximo capítulo, podemos sugerir título para a farsa. Entre os vários e muitos possíveis, aqui ficam algumas ideias: “Anibalzinho feliz e de novo entre nós”, “Sempre igual entre pares”, “Vergonha nacional”. A escolha do título, como se oferece óbvio, fica ao critério de cada leitor. Desde já e com a advertência de que a sua escolha vale nada. É igual a nada. Ao que foi também noticiado, sete agentes da Polícia estão a ser investigados. Sobre como terá saído da cadeia o tal de Aníbal, e mais dois outros reclusos. Todos os três, agora, com direito à exposição das suas fotos em locais públicos. Quer dizer, agentes da Polícia deixaram-nos fugir. Agora, a Polícia pede-nos a nós, cidadãos honestos, pacíficos, pagadores de Impostos ao Estado, ajuda na sua captura. Não de um dos fugitivos. Dos três. Sem sequer explicar e mantendo como mistério o motivo pelo qual todos os três saíram da cadeia no mesmo momento e pelo mesmo processo. Também tem coincidência, no tempo, a detenção de três indiciados no assassinato de Siba-Siba Macuácua. Como coincidência no tempo tem, a liberdade, sob caução de dois dos acusados no chamado “Caso Manhenje”. Muito provavelmente, aquilo que parecem ser coincidências no tempo, serão nada mais do que isso. Serão, apenas coincidências. Mas, convenhamos, apenas assim.

Em “Há mais bicicletas – mas haverá desenvolvimento?”, Joseph Hanlon e Teresa Smart transportam-nos e fazem-nos recuar no tempo. Uma viagem que, sendo um recuo, é, também e essencialmente, um desafio para a compreensão do presente. Do nosso hoje. Escrevem os autores (pag. 235), depois de definirem o que entendem por “estados predadores” e “estados desenvolvimentistas”: Vemos que a Frelimo estava dividida em dois grupos, o “estado predador” e o “estado desenvolvimentista”, segundo estas duas abordagens. Alguns dentro da Frelimo tentaram bloquear a predação dos outros e fazer força por um capitalismo mais benigno, mais social-democrata, com um grau maior de intervenção. E, pouco adiante (pag. 237), acrescentam: Muitos do grupo predador cada vez mais pareciam convencidos de que lhe pertencia uma porção de tudo o que estivesse a acontecer. Era difícil para Moçambicanos ou estrangeiros montarem negócios sem que um membro da elite da Frelimo recebesse uma porção. Em licenças, autorizações e concessões de terra tinha de haver sempre subornos ou participação. Os moçambicanos começaram a “falar de cabritismo”. Já na página seguinte, depois de explicitarem o que consideram Corrupção Administrativa e Captura do Estado, escrevem os autores: Cabritismo pode envolver dois tipos de corrupção. Mas a captura do estado tornou-se cada vez mais evidente nos anos 90. Um aspecto fundamental da captura do Estado, segundo um estudo do Banco Mundial, é a “venda de decisões cíveis e criminais dos tribunais a interesses privados (e) má utilização dos fundos do Banco Central”, que aparecem cada vez mais. O sistema judicial tem sido mantido deliberadamente fraco, de modo a que casos contra a numenclatura sejam deixados no esquecimento. De facto, em concreto e salvo opinião contrária, quando um tal de Aníbal e seus comparsas de crime entra e sai da prisão, colocam em dúvida se vivemos num estado capturado."

sábado, 13 de dezembro de 2008

Uma carta para mim



A mais recente das cartas que Dede tem me escrito. Sinto-me ate culpado por ultimamente nao poder retribuir:

Meu caro Nelson;


Faço votos que estejas bem e que os teus afazeres à contento. Por mim, tenho ido bem graças a Deus. Nelson, ti escrevo brevissimamente já em solo pátrio, mas concretamente de Maputo onde tive a ocasião de me ‘arrefecer’ do fosso dos fusos horários que não é nada de brincadeira. Para ti dizer a verdade, passaram umas boa três semanas para que me ajustasse ao ambiente e a sua gente.
Maputo próspera e soberana foi batizada pelo seu edil – Eneas Comiche – no credo de lhe tirar do marasmo a que foi votada pelas administrações danosas dos anteriores edis. De facto, na área infra-estrutural, está cidade deve ter experimentado uma r/evolução nunca por nós vista desde que Moçambique se livrou do jugo colonial em 1975. Pois, imprimiu-se uma nova dinâmica no capítulo das estradas, onde eu testemunhei que sob o pulso de Comiche, artérias como a que passam ao lado do Mercado Central – av. 25 de setembro e a Luthuli, sem me esquecer a Joaquim Chissano são autênticos tapetes. Conduz-se bem por elas, Nelson.
Mas, o que mais nos atormenta é a alta velocidade dos veículos que, a despeitos destas melhorias, perigam a vida dos transeuntes. Para dizer que Comiche fez de que foi muito mal agradecido pela turma dos Camaradas.
Vi também que houve um esforço da parte do Governo Central de estabelecer um Governo Provincial da Cidade de Maputo a desafiar nitidamente o já eleito Governo chefiado pelo Dr. Eneas Comiche. Nelson, para ti dizer que ninguém sabe o que o Governo Provincial da Cidade de Maputo faz. Só confunde, só distrai, só retrai, só suga do erário público já de si pressionado por realizações. Na prática o que está acontecer é que para um mesmo território, duas dotações orçamentais têm que ser passadas e alocadas. Que falta de inteligência é esta? Será que com a ausência do factor que levou Guebuza a criar um Governo Paralelo, não reconsidere desta vez e mande cessar a sua amiga e camarada Rosa Silva? Esperemos para ver!
Nelson outro pormenor que me chamou atenção é o facto de já se estar a viver a grandes ‘apertos’ nos seio dos populares, assim que nos aproximamos as festas do Natal e do Ano Novo de 2009. Os comerciantes já de vento em popa empolando os preços. Tudo sobe em flecha. Para as autoridades não faz sentido que se aumentem os preços e multiplicam avisos disto e daquilo mas que na prática não impede os comerciantes desonestos passear a bel prazer a sua máquina especulativa. Isto por um lado.
Por outro, os efeitos da crise mundial financeira já começou a ter repercussões na nossa economia quer por via da liquidez das instituições quer mesmo na forte desvalorização que as principais moedas de troca/venda que circulam no nosso mercado. Isto para dizer que o Rand, a moeda que mais foi usada nas últimas décadas, tem sido preterido no lugar de outras moedas mais estáveis, sobretudo o dólar americano que se valorizou nos últimos tempos.
Não queria me referir a esta alta de temperaturas econômicas financeiras que passamos – até porque o verão ‘amarelo’ está entre nós – para não mencionar as temperaturas políticas. Nelson, o “fenômeno” Daviz Simango verificado a milhares de milhas faz eco aqui na Capital. Aqui e acolá, se vêem pessoas a esgrimirem-se em cavacarias sobre os ‘efeitos’ e o ‘se’ bem assim os posicionamentos dos demais actores políticos. Uns tentando minimizar e outros re-jubilam-se pelo feito.
O mais certo é que Daviz Simango cultiva consenso a cada dia que nasce aqui na capital tanto que o facto de milhares de membros e militantes da Frelimo o terem votado desta vez, não se deixa de sonhar que este se assuma como o candidato as presidenciais de 2009. Sinais desta apetência a figura de Daviz Simango foram despoletados recentemente pelo grupo da Renamo, liderados pelo Vice-chefe da bancada da Renamo no Município de Maputo, A. Macuácua, que veio ao terreiro afirmar que a “Perdiz” anda “doente”.
Nelson, pode-se afirmar categoricamente que a nação só tem a ganhar caso Simango, com esta força quase anímica e fugaz que se vive, leve a causa e o desiderato da democracia que ele abraçou à bom porto: reclamando para si a Presidência da República.
A caminharmos a largos passos para o términos do ano, queria ti desejar umas boas festas e que o ano 2009 seja feliz e próspero.
Um abraço forte do teu
Dedé

Um dia diferente no Chitengo



O dia 11 foi um dia marcante no Chitengo. Tivemos a festa de enceramento. A programacao incluiu uma partida de futebo entre os leos de chitengo e a equipa dos gestores do projecto de restauracao.

Na imagem 1 da esquerda para direita:

Gregory Carr-Presidente e fundador da Fundacao Carr
Dr. Mutemba-Director do Departamento de Desenvolvimento Humano
Dr. Arouca-Gestor dos recurso humanos
Eng. Beca Jofrisse- Representante do governo na comissiao de supervisao
O guarda-redes Makassa-emprestado dos leos de Chitengo
Vasco Galante-Director de Comunicacao e Imagem



Momento do corte do Bolo

Nossas semelhanças quanto a Mugabe/Zimbabwe


Li que Mugabe disse que a colera que assola(assolava) é resultado dum ataque químico. Em paralelo tenho lido aqui na blogosfera muito sobre Zimbabwe e Mugabe. Opniões diferentes mas eu vejo mais semelhanças do que diferenças entre nós. Nós que defendemos Mugabe e nós que defendemos o Ocidente. É que estamos todos pouco nos lixando para o sofrimento dos Zimbabweanos. Nos importamos é em defender nossas posições. Apresentar argumento intelecualmente bem elaborados para provar que Mugabe não presta e ou o Ocidente. Demonizamos um ou outros e enquanto nos entretemos com isso a colera que Segundo Mugabe felizmente já não existe no Zimbabwe vai fazendo das suas. Nós que achamos que Bush e Blair e agora Brown são tão “diablos” quanto Mugabe porque também já viloraram e tanto os “ human rights”, somos tão iguas a nós que achamos que Mugabe é pior porque faz sofrer o seu próprio povo. Qual é a diferença? Só porque na Britain não colera, nos states também não há? E não h’a lá outros males. Somos igualzinhos sim. Porque enquanto os Zimbabweanos se danam lá com a colera, as Zimbas se prostituem nas ruas do Maquinino em troca de míseros meticais para se manterem vivas. Nós que a semalhança de Kofi Anan, Jimmy Carter e mama Graça achamos que seria bom entrar no Zimbabwe e ir avaliar a situação somos tão iguais a nós que achamos que o mais certo seria “mandar passear” essa turma de velhos que não tem mais oque fazer. Assim mostrariamos que Zimbabwe é dos Zimbabweanos e que eles( os velhotos) não tem autoridade moral, legitimidade alguma de se intromenterem.
Somos igualzinhos sim porque tal como Mugabe e como o ocidente estamos mais preocupados com nossos orgulhusinhos que mais nada. Já antes, muitos antes dissemos todos nós que Zimbabwe estava bem. Fizemos tudo para que não houvsse dialogo entre Mugabe e Tsvangirai porque achamos que Tsivangirai é um bonequinho criado pelo ocidente pura e simplesmente para invabilizar a sábia governação de Mugabe. Nós aplaudimos as sanções porque achamos que forçariam Mugabe a abandonar o poder. Nós aplaudimos a teimosia de Mugabe em se manter no poder porque achamos que assim o poderoso ocidente aprenderia uma vez por todas que “Africa é dos africanos” e aqui mandamos nós e mais uma vez ficamos aplaudindo enquanto os Zimbabweanos iam se lixando.
Eu estou farto dessas semelhanças.

segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

FELIZ ANIVERSÁRIO "MEU MUNDO" (quase me esqueci)






Passa exactamente um ano desde que o “Meu Mundo” veio ao mundo. Ao longo desses 12 meses de existência o meu mundo teve altos e baixos, momentos que quase deixou de existir mas a necessidade de “estar por dentro” o manteve vivo. Foram muitas as amizades que nasceram do meu mundo. Amizade que algumas transcenderam do virtual ao real. Nesse dia especial vale a pena agradecer todos que passaram pelo meu mundo e fizeram com que ele continuasse vivo.