quinta-feira, 10 de janeiro de 2008

Cheias no Zambeze III


Da Preta do mozamigos.com, recebi uma breve rabiscada em jeito de comentário às cheias no Zambeze II. A tecnologia nos ludibriou e nós a ludibriamos. Eis o comentário:


"Faça desse poema uma canção. Quiça aqueles seres que ontem eram pequeninos e hoje já estão grandinhos, aprendam que, por aquelas bandas, o Zambeze é o único que tem o dom de ser pequenino e grandinho?

É deveras revoltante ver e ouvir que pessoas recusam-se a retirar-se das margens do Zambeze pondo em risco suas próprias vidas e a dos que os querem salvar!!!

Há coisas que de facto não se deviam voltar a fazer: resgatar populações vivendo nas margens do rio Zambeze, afinal a gente aprende com os erros e as experiências já vividas.

Lá onde meu cordão umbilical caiu, existe uma lagoa que tem as suas "marés". Quando é tempo da maré baixa, todos vão as margens para semear, pois é bom colher o fruto do seu suor. Mas, o celeiro e o principal abrigo, esse fica lá, bem no alto, distante. Na época da maré alta, se é que assim se pode dizer, nunca se resgata ninguém pois é do conhecimento geral o "temperamento da lagoa"! "

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