quinta-feira, 8 de maio de 2008

BIOCOMBUSTÍVEIS: um dilema para os países pobres



Chigu é uma dessas amigas distantes (Na Austrália) que sempre que pode me escreve e discutimos ideias. Mulher estudada(A fazer doutoramento em ciências sociais) tem uma forma aguçada de reflectir. Essa manhã recebi dela a seguinte mensagem:

"Oi,
Espero que estejas mui bem, ando busy com meu trabalho, e estou numa comissão de conferencia sobre a crise mundial de alimentos, e fui seleccionada para trabalhar na questão do empreendedorismo para propor algumas estratégias que possam minimizar este problema e estamos a trabalhar com alguns países como china, India e outros que sejam maiores produtores de arroz porque se perspectiva uma ruptura deste cereal, Assim, estamos a tentar verificar ao nível mundial qual e a disponibilidade para fechar este problema e preservar alguns países mais carentes da Ásia e África. Faço parte do grupo dos cientistas jovens a trabalhar nisto e como sabes muito pouco tempo tenho de puder falar, teclar ate mesmo comer, fico feliz que vc esta bem e um grande abraço a tua maninha e demais que que tratam bem... Te vejo Sun as possible

Longe....
Longe, sim mas perto sim
Perto, sim mas longe sim
Distancia curta de tanta luminosidade,
meus olhos clamam lágrimas de tanto exclusividade,
Minhas mãos tocam caminhos de tanta luminosidade,
Longe,
Longe sim, mas perto sim
Sim, porque o longe fica perto quando mais longe...
Distancia macabra, longa com nebulosidade,
Meus olhos derretem de suor, doce escaldante.
Minhas mãos tocam teu rosto com tanta Saudade...
Perto, Perto sim...mais perto do Longe
Palavras sem sentido by chigu"

Essa missão de Chigu me fez lembrar oque tinha lido aqui, aqui e aqui.
Agora penso que os países pobres se encontram num verdadeiro dilema. Abraçam a produção dos bio combustíveis em detrimento da produção de alimentos e se livram duma vez por todas da dependência que o petróleo trás, ou se deixam ficar como estão, dependentes do petróleo e com terras para produzir comida? Oque não se deve negar é a relação que existe entre a crise alimentar mundial e a corrida aos bio combustíveis em detrimento da produção de alimentos.
Por outro lado temos os países ricos esses que sempre saem a ganhar. Estão por detrás desses grandes investimentos na produção de bio e serão eles a ditar as regras do jogo. Os organismos da ONU ligados à agricultura não parecem muito sérios no que diz respeito à medidas que visem estancar o problema.

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