sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008

Essa brincadeira precisa ter fim



O jovem na imagem escapou à um linchamento certo na cidade da Beira que se notalizou desde os finais do ano passado em casos de linchamentos.
Estava tudo a posto para que o sujeito na imagem passasse para as estatísticas dos linchados. Acusado de ter roubado alguma coisa foi amarado e posto um pneu no pescoço e asseguir ateava-se fogo nele e deixava-se morrer lenta e violentamente consumido pelas chamas do pneu. Isso aconteceria diante de olhares de seus semelhantes, homens e mulheres, pais e mães. Até crianças teriam o "privilégio" de assistir à esse macabro espectáculo.
Faz tempo que venho repudiando a essa prática. Não olho muito para as causas que são muitas, mas presto mais atenção para a "desumanidade" que lhe é característica.
Será que existe algo que se possa fazer para estancar esse mal? Existindo oque será que se pode fazer? Quem tem que fazer?
Me preocupa mais ainda o facto de deixarmos de ver as consequências "eternas" desses actos. Para mim com cada linchado, cada linchamento, linchamos um pedaço de nós mesmos. Há uma porção da nossa"humanidade" que se perde para sempre com cada acto que presenciamos. O jovem da imagem por exemplo ainda está vivo mas traumatizado para o resto dos seus dias. Como disse na postagem anterior, tendemos a nos psico-adaptar a ponto de perder a sensibilidade. Acabaremos por não nos chocarmos mais diante de imagens como essa.
É urgente acabar-se com essa "brincadeira"

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