quarta-feira, 5 de março de 2008

Os Negócios de Hugo Chávez

De acordo com a revista colombiana "Semana"
Chávez ofereceu às FARC petróleo e contratos públicos na Venezuela
05.03.2008 - 12h58
O Presidente da Venezuela, Hugo Chávez, terá oferecido às FARC a possibilidade de comercializar petróleo e gasolina e de realizar e receber contratos estatais nesse país, segundo revela a revista colombiana "Semana" numa edição extraordinária publicada hoje.

Os detalhes da oferta aparecem num dos e-mails encontrados no computador do chefe guerrilheiro morto no sábado passado, Raúl Reyes, e constituiram a matéria de investigação da revista.

As autoridades de Bogotá apreenderam quatro computadores pessoais num acampamento do Equador, bombardeado no sábado pela Força Aérea Colombiana, em que morreram Raúl Reyes, "número dois" e porta-voz internacional das FARC, e cerca de 20 rebeldes.

A oferta venezuelana de negócios aparece detalhada num e-mail sobre um encontro recente com Chávez, que os guerrilheiros Iván Márquez e Rodrigo Granda enviaram no passado dia 8 de Fevereiro ao chefe máximo da organização, Manuel Marulanda Vélez, e aos demais membros do secretariado rebelde.

Márquez, que foi recebido há cinco meses em Caracas por Chávez - para gerir o acordo sobre os reféns das FARC - integra o secretariado do grupo, ao passo que Granda pertence à rede internacional rebelde.

Segundo o documento, Chávez, identificado com o nome de "Anjo", ofereceu aos emissários "a possibilidade de um negócio" em que a organização receberia "uma quota de petróleo para a comercializar no exterior", acordo que a guerrilha assume como "muito vantajoso".

Márquez e Granda escrevem igualmente que foi oferecido às Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia "a venda de gasolina na Colômbia ou na Venezuela", a "possibilidade de adjudicação de contratos estatais (venezuelanos)" e "a criação de uma empresa rentável para investimentos na Venezuela". O e-mail indica ainda que esta empresa poderia constituir-se com uma parte do "dossier", termo que, segundo o director da Polícia Nacional da Colômbia, o general Óscar Naranjo, foi adoptado pelos rebeldes para se referirem a uma doação de 300 milhões de dólares que lhes foi prometida por Chávez. Desses 300 milhões - continua o documento - "já estão disponíveis os primeiros 50 e foi elaborado um cronograma para se completarem os 200 [milhões] até ao final do ano".

Esta aproximação entre Chávez e as FARC, denunciada pelo governo colombiano, colocou este país à beira de uma crise histórica com a Venezuela, mas também com o Equador. Na segunda-feira, Chávez ordenou a expulsão do embaixador colombiano em Caracas, Fernando Marín, e dos seus colaboradores na representação, ao passo que o Presidente do Equador, Rafael Correa, rompeu relações com Bogotá.

2 comentários:

OFICINA PONTO E VIRGULA disse...

Saudações, sei que não é espaço oportuno para tal, mas é para informar que o meu blog está em remodelação, consistindo em mudanca de nome e outros elementos. Mas URL como endereço continua o mesmo antigo www.oficinamussaraja.blogspot.com

AGRY disse...

Pra eu não ser o mau da fita, deci-me por lhe enviar alguns links. Linke-se e dê uma mirada, quando puder. As fontes são mais que pontas mas fiquei por aqui. Ei-los
http://resistir.info/colombia/comunicado_02mar08.html (FARC)

http://resistir.info/colombia/biografia_auv.pdf (URIBE)

http://blogdoalon.blogspot.com/2008/03/as-regras-do-jogo-0503.html

http://resistir.info/colombia/lajornada_03mar08.html

http://resistir.info/venezuela/chavez_02mar08.html

http://resistir.info/colombia/reyes_01mar08.html

http://resistir.info/colombia/marcha_04fev08.html

http://resistir.info/colombia/entrevista_30nov07.html

http://resistir.info/colombia/manifesto_01out07.html