sexta-feira, 25 de abril de 2008

DO PAIS ONDE MORO: uma carta para Mariazinha VI


Olá Mariazinha. Chegou a sexta e com ela noticias do país onde moro. O vizinho continua sem resultados dos eleições. A temperatura sobe. Ficou-se a saber essa semana que em vez mandar vir vir milho arroz e carne para a população que se morre de fome anda espalhada pelos vizinhos, Mugabe mandou vir da China nada menos que 77 toneladas de armamento, sabe-se lá para que Mariazinha. Os votos estão sendo recontados, fala-se de GUN liderado por Mugabe e fala-se muita coisa. Noticia grande é que Tsvangirai esteve no meu país. Conversou com o presidente da republica, com o ex-presidente e com o presidente de Renamo. Queria muito acreditar Mariazinha que esses encontros produzirão algum resultados. Queria mas céptico como me conheces, prefiro esperar.
Na academia também vamos votar. Nos dias 2 e 3 de Maio elegemos o novo secretário Geral da Associação dos estudantes. Espero que os resultados não levem mais de três semanas a serem divulgados. A noite conversei longamente com o candidato da lista B a lista "inclusiva e efectiva" e penso que é nela que vou votar.
Mariazinha parece-me que não te falei ainda que o meu país vai ter mais dez municípios e as eleições acontecem já em Novembro. Houve muita controvérsia quanto a escolha das vilas que passarão a ser municípios mas depois se concordou. A rapaziadada oposição acha que se baseou nos resultados das ultimas eleições para escolha. Vamos esperar para ver no que vai dar. Alias ultimamente só acho melhor esperar para ver.
A terminar, esquecida como andas da história(minha e tua) tenho que te lembrar que comemora-se hoje mais um aniversário da revolução dos cravos ocorrida em Portugal a 25 de Abril de 1974 revolução que constituiu um passo importante para a independência do meu país a 25 de Junho de 1975.
Mariazinha deixa-me ficar por aqui. Desejo-te um bom final de semana. O meu vai ser mais relaxado. Não tenho testes marcados para semana que vem e posso ficar descansado.
Abraços do país onde moro.

P. s: Na foto com Santos ou Kantuu(como ele pronuncia seu nome). Santos queria ser meu filho e eu queria ser seu pai. Enquanto isso não acontece, vamos desfrutando a agradável companhia um do outro. Volto à Inhaminga na Semana do trabalhador e volto a dar um abraço gostoso em Kantuu

4 comentários:

Jorge Saiete disse...

Epa! que carta rica. Mas parece que esqueceste de dizer a Mariazinha para evitar passar da praia da Costa do Sol porque é provavel que colegas da Diana lá estejam a procura de Mariazinhas para levar a terra do Mandiba.
Abraço. bom fim de semana

micas disse...

Finalmente e desta vez pareceu-me ver-te menos desanimado.

Calculo que com as movimentações diplomáticas dos últimos dias, a solução para o Zimbábuè estará para breve. Foi bem sintomático disso a tomada de posição dos países vizinhos não terem deixado as armas serem desembarcadas.

As notícias que recebemos da terra do tio Sam, são também um alento nesse sentido. Juntemos ainda o facto de Tsvangirai ter sido recebido por Guebuza que mesmo com a "palhaçada" que aconteceu, foi um sinal implícito do seu reconhecimento com líder ganhador.

Que ganhe o melhor na tua academia!

Quanto a Kantuu ele é de facto um menino lindo e doce.Um beijinho grande para ele.

Foi impressão minha ou vi aqui neste lugar hoje pela madrugada, uma outra foto tua com duas crianças lindas? Sabes? por vezes as imagens valem mais que mil palavras.Porque não postares de quando em vez uma caras bonitas como essas?

Um bom fim-de-semana para ti, que eu por estas bandas vou tentar gozar bem este meu saboroso feriado e início de umas curtas férias.

Nelson disse...

Obrigado Saiete pela visita e pelo comment. Todas as sextas, bem quase todas, escrevo para Mariazinha lhe deixando algumas novidade daqui da terra. Mariazinha é grandinha e não corre perigo de ser raptada pelas Dianas mas mesmo assim valeu o toque. Tenha um excelente final de semana

Nelson disse...

Micas, brigada pela sugestão. Retirei a foto porque já a tinha postado la no canto das palavras. Não quis nada repetido.