quarta-feira, 2 de setembro de 2009

FRELIMO IMITA MDM( Deviz Simango)


Não tenho outro jeito de tratar a situação. É pura imitação!
Ainda nos lembramos que num passado bem recente, Deviz Simango foi vítima dum atentado. Terminada a reunião da Comissão Nacional, Simango decidiu visitar alguns distritos da província de Nampula. Seu grande “erro” foi ter-se deslocado à Nacala Porto onde também se encontrava o líder da Renamo Afonso Dhlakama. Alegando humilhação, Dhlakama “organizou” um bando de aruaceiros que protagonizaram cenas violentas que incluiram disparos.
Provas do envolvimento da Renamo não faltaram. Uma parte do grupo se fazia transportar numa viatura pertencente a um deputado da Renamo. A arma retirada a um agente da polícia foi “recuperada” na residência onde se encontrava hospedado o líder da Renamo. E como se isso fosse pouco, dias depois, o próprio Dhlakama veio à imprensa “reivindicar” o atentado alegando que, ao se deslocar à Nacala Porto sabendo que ele estava lá, Deviz Simango o havia humilhado.
Mesmo diante de provas incontestáveis, vieram logo asseguir, mentes engenhosamente “inteligentes” nos brindar com um sem número de teorias ingenuamente conspiratórias, onde procuravam nos fazer acreditar que o MDM e Deviz Simango tinham “inventado” seu próprio atentado como estratégia para conquistar simpatias. Vimos “choverem” artigos na blogosfera e na imprensa escrita(Jornal Notícias), todos eles “negando” que Deviz Simango tinha sido vítima dum atentado. Eu não entrei na conversa porque não acreditei que essas mentes desconhecessem o potencial violento da Renamo.
Foi assim, que da autoria de Edson Macuacua, nasceu a expressão “campanha de autovitimização”. Sempre que o MDM veio se queixar de alguma “irregulariedade”, em vez de se investigar e apurar a veracidade dos factos levantados, recorria-se à “teoria de autovitimização”, refutando categoricamente os factos.
Voltamos a ver isso claramente quando a dias, em Gaza, um grupo de jovens ostentando bandeiras do partido Frelimo e transportados em viaturas, de alguma maneira ligadas a Frelimo, tentaram inviabilizar a visita de Deviz Simango.
Quando ontem me chegaram notícias vindas de Milange dando conta que simpatizantes da Frelimo tinham sido violentados pelos da Renamo, não me contive!
Não me preocupei em saber as razões!
Cheguei à preciptada conclusão, que tal como o MDM e Deviz Simango, a Frelimo tinha entrado em “campanha de auto-vitimização”. A Frelimo deve ter percebido, que a “estratégia” surtiu efeitos positivos. Porque não adoptá-la mesmo sem pagar os direito autorais que logicamente pertencem ao MDM?
É assim que sem medo de errar afirmo que:

FRELIMO IMITA MDM( Deviz Simango) !

4 comentários:

Reflectindo disse...

Eu estou a espera de todos aqueles que disseram que Daviz Simango e MDM estavam a se auto-vitimar, para nos explicarem esta da Frelimo e as suas razões. Que eles não nos deixem especular.

Jorge Saiete disse...

Campanha de auto-vitimização... esta nã aguentei meu irmão. Eu admiro o talento dos nossos politicos de palavrear.
parece que com o aproximar do dia H o filme começa a equecer. Apenas espero que a fluenza Malgaxe-Keno-zimbabweana não nos visite.
abraço mano

Shirangano disse...

Caro Nelson,
Embora com uma pintada de sarcasmo ou coisa assim parecida, fazes aqui uma bela e grande analise em relacao as leituras feitas no ambito dos acontecimentos violentos perpetrados por algumas forcas politicas.

Deixe-me dizer-te que cada partido procura habilmente defender os seus interesses, no entanto, nao se importa de maneira alguma com os factos que se sucedem com os outros e por essa razao nao ha investigacao em relacao aos mesmos, a nao ser que se tenha pisado no calo do partido todo-poderoso.
Um abraco.

Nelson disse...

Obrigado camaradas pelos comentários.
Pelos pronunciamentos que tenho ouvido assim que a campanha arancou parece que o Edson Macuacua gosta mesmo da expressão auto-vitimização. Os partidos podem ser de Paz mas é uma grande estupidez ignorar que existam nas sua filieras, pessoas que para se tornarem visiveis, organizem essas coisa.