Acabo de participar junto a todos meus colegas, numa reunião dirigida por João Oliveira, administrador do distrito da Gorongosa e candidato à deputado da Assembleia da República pela Frelimo, no círculo eleitoral de Sofala. Eu que tinha vaticinado que a reunião teria algo ou tudo a ver com a campanha eleitoral( oque mais se faz nos dias que correm?) acertei em cheio. A reunião foi breve(cerca de 45 minutos), a mensagem foi clara. Oliveira falou consciente de que estava diante de gente informada e madura, e que sua audiência não era necessariamente composta apenas por membros e simpatizantes do Partido Frelimo. Tenho que confessar que gostei do discurso de Oliveira. Para além de ter sido politicamente pacíficador, centrou a sua mensagem na necessidade de cada um de nós fazer um esforço para estar presente nas eleições e exercer o direito de votar. Falou naturalmente das realizações da Frelimo com destaque para (i) a libertação de Moçambique do jugo colonial,(ii) construção da ponte sobre rio Zambeze, (iii) reversão da baragem de Cahora Bassa, (iv) construção de escolas e unidades sanitárias.
Depois de ter falado do que a Frelimo fez e pretende fazer caso lhe seja dada opurtunidade de governar nos próximos cinco anos, João Oliveira fez uma demostração do procedimento da votação. Aconselhou a nos abstermos do alcool nos dias 27 e 28 de Outubro e ensinou-nos uma canção.
Não sei se qualquer outro partido teria a mesma opurtunidade de interromper a vida laboral duma instância turística do tamanho do Parque Nacional da Gorongosa por uns belos 45 minuto para passar sua mensagem eleitoral. Não sei mesmo!
João Oliveira terminou mal. Muito mal! Depois de ter tido a certeza que tinhamos acatado a mensagem, fez nos gritar que votariamos em Guebuza e na Frelimo. Queria poder lembrar à João Oliveira que o voto é secreto mesmo o depositado para a Frelimo e Guebuza. Se quiserdes, chamem de cobardes aos que mesmo conscientes de que votarão em outros concorrentes, gritaram na reunião de hoje que votarão na Frelimo e em Guebuza. Me lembrei logo da questão de números que está em debate no Nullius in Verba de Bayano Valy (http://nulliusinverba-bv.blogspot.com). Se alguém previamente indicado, contou os braços dos que gritavam oyés Guebuza e Frelimo o relatório dirá que 100% dos presentes votarão em Guebuza e na Frelimo, mas será votarão?
Felizmente o voto é secreto. São coisas da campanha eleitoral.
Quase me esquecia. O camarada Oliveira João veio na “sua” viatura protocalar para a reunião que teve connosco. Isso mesmo sim! Uso de meios de estado para campanha? Não sei!
P.s: Amanhã vou à Chimoio e não Beira como tinha previsto. Espero trazer de lá mais coisas da campanha eleitoral.
2 comentários:
Oliveira comecou muito bem em lugar e tempo errado. O local e a hora é proibida pela lei eleitoral;
Mas ele comecou bem mesmo a sua campanha porque ela destina-se mais aos não simpatizantes. Ademais, ele estava consciente que nem todos votariam no seu partido. Essa consciência é coisa positiva.
E acabou mal, pois que a ninguém ele devia obrigar gritar ao seu partido. Gritar para evitar "milando" não é difícil. Mas parabéns Nelson por teres testemunhado aquilo que muitos recusam aceitar.
O uso dos meios do Estado para a campanha, também testemunhaste, mas não sei se alguém não vê aqui que não é o que viste.
Ha quem pode ate me pedir provas!
-Que oadministrador esteve no PNG
-Que se reuniu com os trabalhadores no periodo laboral
-Que se fazia transportar numa viatura de estado
-...
Enviar um comentário