terça-feira, 6 de janeiro de 2009

Diário de Férias III( taxis de bicicleta)


A pedido de Micas(Mariazinha real) vou falar um pouco mais dos taxis de bicicletas na cidade de Quelimane.
A primeira vez que tive que fazer uso dum taxi de bicicleta foi se não me engano, em finais de 2005 em Milange. Da vila à fronteira com Malawi andavam bicicletas facilitando o transporte de carga e passageiros. Paguei 5.000 meticais na altura da antiga família e lá fui para a terra dos Kamuzus e Bakilis.
Em Quelimane, o fenómeno aparece, se não estou em erro, em finais de 2006 e levou bem curto tempo para se alastrar. Hoje Quelimane pode ser considerada a cidade das bicicletas(taxis).
Pequena como é, Quelimane parece nunca ter precisado de transportes públicos urbanos. Nos idos anos de 90 me lembro da TURP( transportes urbanos de passageiros) que teve vida bem curta pelo facto dos quelimanenses não terem aderido a ideia de desembolsarem cinco paus para serem transportados em distâncias que estavam bem habituados a "pear".
Quando surgiram, os taxis de bicicletas, se concentravam em locais de grande necessidade. Me lembro do banco de socorros no hospital provincial e na MIROFER(paragem dos transportes públicos interurbanos e interdistritais). Como disse antes a moda pegou rápido, e logo logo Quelimane estava "infestada" desses meios.
Não consigo entender ainda como de forma rápida o povo perdeu o "hábito de poupar" para aderir a ideia de taxis e com facilidade desembolsar oque lhes é exigido pelos taxistas.
Os preços variam de 5 à 15 meticais(pelo menos foi oque já paguei) dependendo naturalmente das distâncias a percorrer. Apartir das 18 horas os preços são agravados e se paga o mínimo de 7,50 meticais, por detrás desse agravamento, justificam-se os taxistas, esta o risco que correm.
Os taxis bicicletas são uma realidade na cidade de Quelimane. As vantagens são naturalmente facilitar o transporte de cargas e passageiros. Entre as desvantagens está o congestionamento do trânsito. A "condução" desses taxistas é péssima. Na pressa que os caracteriza, aliado ao estado precário de algumas ruas da cidade, por sinal as mais usadas pelos ciclistas, não observam nenhuma regra de trânsito. Páram, viram onde bem lhes apetece. Cortam prioridade enfim um verdadeiro risco.

TRÊS TAXISTAS A CAMINHO DO MERCADO CENTRAL UM DOS PONTOS DE MAIOR CONCENTRACAO.

A PARAGEM DO MERCADO CENTRAL. AQUI TRANSPORTAM-SE OS PASSAGEIROS ACABADOS DE CHEGAR DE NICOADALA, ZALALA,ENTRE OUTROS PONTOS, SEM CONTAR COM OS UTENTES DO MERCADO QUE POR RAZÕES QUE AINDA NÃO CONSEGUI APURAR CONTINUA POR CONCLUIR. AS MÃS LÍNGUAS DIZEM QUE ASSIM QUIZ PIO MATOS PARA QUE O POVO O VOTASSE SOB PENA DE NUNCA TER O MERCADO CONCLUÍDO.

UM TAXISTA PASSANDO PELA ESCOLA INDUSTRIAL E COMERCIAL 1 DE MAIO. ESSE DEVE TER PASSADO PELO SUFOCO DO CRUZAMENTO DA SEDE PROVINCIAL DA FRELIMO. PARA ALÉM DE ESBURACADA A ESTRADA É MUITO MOVIMENTADA.

2 comentários:

micas disse...

Obrigada Nelson.Curiosidade satisfeita a minha.

Vai postando mais fotos.As imagens falam por si e continuação de boas férias.

Um abraço

Nelson disse...

Promessa feita promessa cumprida. postar fotos me queima tempo e como tenho estado a usar net cafes fica um pouco complicado. Mas prometi e pode deixar que vou cumprir