Meu mundo é pequeno,é do tamanho do coração... Meu mundo é grande.. Vivem mundos dentro dele Cada dia é um mundo Cada mundo é um dia As vidas com que cruzo Os cruzamentos que vivo São todos mundos dentro do meu mundo... Meu mundo não tem nada interessante... É meu....
quarta-feira, 21 de janeiro de 2009
Diário de Férias IV (Visita à Praia de Zalala)
Oi Mariazinha.
Voltei ao Parque mas como ficou muito por dizer/escrever, vou continuar daqui do Chitengo, com o diário de férias que certamente já nem devia se chamar diário. Vivi muita vida nesses poucos dias em Quelimane. Aprendi grandes lições e melhor do que isso tudo o não é coração está finalmente cativo de verdade. Claro que contra-te-ei com mais calma e com detalhes. Hoje vou te falar da Praia de Zalala.
Estar em Quelimane e não visitar Zalala seria um grande pecado especialmente numa altura em que o calor húmido, típico de Quelimane, anda fazendo das suas, nos obrigando a mergulhar em seja lá oque for. Depois de ter desfrutado duma gostosa mucapata acompanhada de frango verdadeiramente à Zambeziana e me ter deliciado de todas outras especialidades zambezianas, para completar o ritual de boas vindas à Chuabo(moyoni, moyoni à Quelimane) me restava mesmo era dar um bom mergulho na Zalala.
Peguei um chapa com destino a praia que agora custa 20 paus e parti à Zalala carregado de muita ânsia. A temperatura rondava nos 39 e o calor estava insuportável. O trânsito está difícil. A estrada está cada vez mais estreita(carcomida) e agora “infestada” dessas bicicletas, exige uma grande mestria ao “driver” que quando se cruza com outra viatura tem mesmo que se afastar. Um par de rodas no asfalto que sobra “dividindo-o” com outra viatura e outro par no “chão”.
Pelo caminho vou me “deliciando” na paisagem. O palmar da antiga Companhia da Zambézia está invadido de novas construções. Casas, grande mansões, serrações(chinesas com certeza), escolas, etc. A grande construção que me deixou mesmo extasiado foi o novo Instituto de ciências e Saúde. Me lembro ter visto algo semelhantíssimo à caminho de Vanduzi em Manica. É lindo. Enorme e lindo. Queria poder ter parado, entrado e feito um visitinha mas na ordem do dia estava Zalala. Passei por Dona Ana, Pente, Maquival e finalmentente cheiguei à praia de Zalala.
Zalala está limpa. Bem limpa do que estava na última visita que lhe fiz, 2007 se não me engano. A primeira pensei que se tratasse apenas duma simples impressão. Um relativismo. É que habituado à sujeira do Macuti e Estoril podia eu olhar para uma praia relativamente menos suja e achá –la limpa, mas Zalala est’a limpa mesmo e evidência dissso são os tambores para lixo que andam um pouco por todo canto. Penso que deve ser generosidade do Entreposto Comercial pois ostentam a publicidade da Empresa e das Marcas que representa. As telefonias(tudo bom, e estamos juntos) perderam uma bela opurtunidade de mostrarem suas cores.
Já não se encontram restos de lanchinhos, almoços, garrafas, pacotes de sumos entre outros. A praia anda mesmo limpa e dá gosto ver e mergulhar.
Me cruzo com amigos que ainda não tinha visto e entre outras coisas admiram a minha barriguinha em dimensões que não estavam habituados. Trocamos abraços e segue-se um “catch up”. O mergulho é gostoso. A ideia de que estou numa praia limpa me deixa a vontade. Depois de um tempinho na água, vou procurer uma sombra nessas fresquinhas casuarinas que ornamentam a praia. Tenho que ler e escrever. A praia tem a mania de me inspirer. É a grandiosidade do mar, a multiplicicdade da areia da praia, a fidelidade das ondas enfim, a natureza nua, expostas aos meus olhos gulosos. Deixo o vento que escapa das casuarinas me apalpar os pulmões numa verdadeira magia. A praia me inspira. Vejo a crição, o criador a criatura misturados numa eternidade que comprimida nesses lindos instantes posso até prender no branco do papel.
Ao fim da tarde voltei a Quelimane. Voltei revigorado. A alma livre de culpa(compri as obrigações). O corpo com menos calor. Voltei com o coração repetindo que Zalala está limpa. Valeu a pena o sacrifício.
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4 comentários:
Que bom ter-te de volta!
Que bom saber que a praia ( que infelizmente nunca conheci) está limpa. Que saudades de estar debaixo de uma casuarina, olhando o mar...
Que triste fiquei com a tua menção ao sujo das praias do Estoril e Macúti!
Será que não se pode fazer nada? Que tal tentares entrar em contacto com o novo edil da cidade?
Que tal dinamizar as escolas e os jovens?
Força amigo para este recomeço e estou à espera que coloques as fotos de férias
Thanks Micas.
As praias de Estoril e Macuti estao real e desagradavelmente sujas. Ha muito que se pode fazer e olhando para o exemplo de Zalala, pode se fazer gastando muito pouco. Nao prometo mas vou ver oque faco porque é possivel mudar o curso das coisas.
Que bom saber que a praia (a que infelizmente nunca mais voltei) está limpa. Que saudades de tudo, de mergulhar...
As lágrimas saciam, por agora, a minha saudade. Quando tiver mais saudades, choro de novo. Que saudades Zalala. Que saudades Quelimane.
Tina
Obrigada Tina pela visita ao Meu Mundo e pelo comment. Zalala esta realmente bem melhor que a alguns anos
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