sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

DO CHITENGO ONDE MORO: carta para Mariazinha XII



Mariazinha vou passar ess fim de semana na Beira e à maneira antiga, sextas feiras, vou-te escrever mais uma carta, por sinala a primeira do ano.
A vida tem me apertado demais ultimamente e me sobra pouco ar para respirar. Escrever até continuo escrevendo, nas estrelas que me zombam nas noites escuras do Chitengo. Isso mesmo Mariazinha, ao som do rugido dos leões que parecem cada vez mais interessados em conviver com a gente lá no parque. Escrevo e muito. Perdido nas memórias dos tempos que vão se deluindo eu escrevo. Falta Mariazinha é tempo para botar isso no papel ou agora na telinha.
Mariazinha da quei da Beira continua se flando e muito é do MDM que com certeza já deves ter ouvido falar. Sinto que Chiveve anda meio divido. Conquanto todos estejam de acordo que a Renamo deixou de ser opsicao forte capaz de fazer frente a “Frente” e que uma nova forca política precisa-se, é acho que não existe o mesmo n´vel de concordia se Deviz tem ou não que estar a frente desse novo movimento. Eu pessoalmente ando dividido Mariazinha, e já por algumas vezes vim deixar as razões por detras dos meus receios, mas no fim do dia vamos deixar o tempo decidir.
A crise económica mundial chegou a Chitengo Mariazinha. Esta semana se decidiram um “set” de medidas para minimizar os custos e assim fazermos face a crise que apesar do optimismo dos nossos governantes elas chegou e esta nos afectando. Por falar em crise económica mundial recebi a dias um piada no meu email que vale a pena incluir nessa carta, ai vai:

"Um homem vivia à beira de uma estrada e vendia cachorros quentes.

Ele não tinha rádio, televisão e nem lia jornais, mas produzia e vendia bons cachorros quentes.

Preocupava-se com a divulgação do seu negócio e colocava cartazes pela estrada, oferecia o seu produto em voz alta e o povo comprava.

As vendas foram aumentando e, cada vez mais, ele comprava o melhor pão e as melhores salsichas.

Foi necessário também adquirir um fogão maior para atender uma Grande quantidade de fregueses, e o negócio prosperava... Os seus cachorros quentes eram os melhores em toda a região!

Vencedor, ele conseguiu pagar uma boa escola ao filho. O menino cresceu e foi estudar economia numa das melhores faculdades do país.

Finalmente, o filho já formado, voltou para Casa, notou que o pai continuava com a vidinha de sempre e teve uma séria conversa com ele: - Pai, então você não ouve rádio? Você não vê televisão e não lê os jornais? Há uma Grande crise no mundo. A situação do nosso país é crítica. Está tudo ruim. O mundo vai ter grandes problemas.

Depois de ouvir as considerações do filho doutor, o pai pensou: Bem, se meu filho que estudou economia, lê jornais, vê televisão acha isto, então só pode estar com a razão.

Com medo DA crise, o pai procurou um fornecedor de pão mais barato (e, claro, pior) e começou a comprar salsichas mais baratas (que eram, também, as piores). Para economizar, parou de fazer cartazes de propaganda na estrada.

Abatido pela notícia DA crise já não oferecia o seu produto em voz alta.

Tomadas essas 'providências', as vendas começaram a cair e foram caindo, caindo e chegaram a níveis insuportáveis e o negócio de cachorros quentes do velho , que antes gerava recursos até para fazer o filho estudar economia na melhor escola, faliu.

O pai, triste, então falou para o filho: - 'Você estava certo, meu filho, nós estamos no meio de uma Grande crise. '

E comentou com os amigos, orgulhoso: 'Bendita a hora em que eu fiz meu filho estudar economia, ele me avisou DA crise... '

Cada um tire as suas próprias conclusões.

Vou agora te pedir que me mandes as tuas “próprias conclusões”.
Deixe-me ficar por aqui, pois uma gripe anda me acompanhando a dois dias e tenho que ir no meu ninho.
Abracitos

2 comentários:

micas disse...

Amigo Nelson,

Estranhava já a tua ausência. Será que o meu amigo se evaporou no espaço, tal qual o Dede?

Hum...engano meu.Aqui estás de novo. Antes de mais que a gripe te largue bem rápido e que a viagem à minha querida Beira tenha sido boa e que tenhas retemperado as forças com o poder do Chiveve.

Sobre a crise. Ele bateu à porta do Chitengo, bateu à porta de todos nós.À minha porta, à tua porta.

O desalento é grande e porque o optimismo vai faltando, com tanta notícia má que vamos ouvindo, vou tapar os ouvidos e a boca como o macaco e esperar que a tão malfadada crise passe.

Mas...olhos bem abertos! Esta é também altura de algumas oportunidades.Estejamos bem alerta.

Trabalhemos e deixemos as coisas correr pelo seu trilho. Como diz a sábia da minha mãe: "Quando uma porta se fecha, Deus faz abrir uma janela"

Fé precisa-se.Esperança precisa-se.Urgentemente!

Nada de baixar os braços.

Agora mais que nunca a luta continua.

Um abraço

Nelson disse...

Bigada Micas. De resto te achei tambem um poukinho sumida nao?