Li na edição de 22 de Outubro do semanário Zambeze, um artigo de Mupota Sithole onde ele procura provar por A+B que Daviz Simango candidado do MDM, mesmo vencendo as eleições presidenciais, não poderá pôr em prática o seu plano de governação.
O argumento de Sithole gira em torno dos resultados das legislativas. Ele usa números e concordo com ele. Concorrendo em apenas quatro círculos eleitorais é ingenuidade das maiores esperar que o MDM consiga uma maioria absoluta no parlamento. Mas dai Sithole acha que por ter uma minoria ou mesmo nenhum deputado no parleamento, nenhuma proposta de Daviz Simango passaria no parlamento. Sithole deve ter “estudado” o comportamento dos deputados das legislaturas anteriores para chegar a essa "correcta" conclusão. É fácil perceber que no nosso parlamento impera a famosa disciplina partidária onde as propostas são tratadas com base no “lado” da sua proveniência. Eu entendo que as propostas deviam ser criteriosa e tecnicamente analisadas pelos deputados de acordo com as especificidades, tendo em vista o bem de Moçambique e do povo do qual se dizem mandatários,sem se importar de que bancada vieram. Sithole me fez acreditar por exemplo que por mais viável e exequível que fosse, o plano e orçamento proposto por Daviz seriam pura e simplesmente chumbados por ele não ter do “seu lado” o mínimo de 156 deputados e “nunca” passariam sem que ele negociasse com a Frelimo e a Renamo que possivelmente teriam maior número de deputados. Infelizmente oque Sithole diz é verdade(acontece) embora não devesse ser assim. Os interesses de Moçambique e dos Moçambicanos deviam estar acima dos interesse de qualquer partido seja lá qual fosse. Oque fosse proposto ao parlamento devia passar bastasse que segunto análise técnica dos deputados fosse para o bem de todos nós. Infelizmente não tem sido assim na casa do povo.
8 comentários:
Sithole continua com a mesma análise que se fazia sobre Beira onde Daviz é independente. E como vão as coisas?
A candidatura de PR da República é independente das candidaturas para Assembleia da República. É depois há lei que "forca" os deputados a aprovar o programa do governo. Se a Assembleia da República rejeitar o programa do governo, o Presidente da República pode servir-se do artigo 188 da Constituicão da República de Mocambique e seu ponto 1 e dissolver a AR. A seguir usa o ponto 2 para convocar novas eleicões. Quantos deputados estariam interessados para este cenário?
Bonita analise a sua Reflectindo. Vi muita lucidez no seu comment. Concordo com o que escreveste
Realmente Reflectindo, quantos deputados estariam interessados em perder o taxo?, nenhum, portanto as previsoes sao necessarias so pecam por serem limitadas no tempo porque num futuro cenario como esse, haveria muita negociaçao NA CASA DO POVO
este comentario do Sithole, lembrame do Maputadas no Jornal Zambeze, onde o dono do artigo refere numa das passagens que a onda dos assaltos que se verfica com o pessoal Diplomatico é obra dos que querem disacriditar o Governo e induzir que nao ha estabilidade em Moçambique, santo fanatismo, amor a camisola, ha adeptos do Partidao que se a oposiçao ou quem eles acharem que é da oposiçao disser que o sangue é vermelho vao dismintir que é invenção do OCIDENTE
Nao constitui verdade que se por hipotese o simango ganhar as eleicoes nao vai colocar em accao o seu manifesto, ora primeiro porque e preciso entender que governo nao e parlamento e que os programas de governacao sao os do governo que por sua vez e formado por quem ganha eleicoes, o que logo deita por agua abaixo a tese que defende que mesmo que o simango ganhe eleicoes nao vai conseguir por emm practica as suas promessas
Se por hipoteses o simango nao ganha e o mdm consegue colocar um certo numero de deputados e as diferencas numericas de deputados entre a fre e a rena nnao for acentuada, o mdm pode ser o equilibrio da balanca logo tera alguma palavra a dizer, isto se acontecer o que se verifica na beira, pois todos os partidos haveriam de fazer acordos para a provarem alguma coisa na assembleia
Olha desculpa –me pelas acentuacoes
Nao constitui verdade que se por hipotese o simango ganhar as eleicoes nao vai colocar em accao o seu manifesto, ora primeiro porque e preciso entender que governo nao e parlamento e que os programas de governacao sao os do governo que por sua vez e formado por quem ganha eleicoes, o que logo deita por agua abaixo a tese que defende que mesmo que o simango ganhe eleicoes nao vai conseguir por emm practica as suas promessas
Se por hipoteses o simango nao ganha e o mdm consegue colocar um certo numero de deputados e as diferencas numericas de deputados entre a fre e a rena nnao for acentuada, o mdm pode ser o equilibrio da balanca logo tera alguma palavra a dizer, isto se acontecer o que se verifica na beira, pois todos os partidos haveriam de fazer acordos para a provarem alguma coisa na assembleia
Olha desculpa –me pelas acentuacoes
Ainda existiam pessoas que pensavam que o Daviz pudesse ganhar eleições?
Isso é fanatismo exagerado ou vivem fora da realidade moçambicana.
É o mesmo que esperar que o FC de Lichinga vença o Real Madrid.
Um debate realistico era tentar saber se o Daviz estaria ou não na cauda.
Parece que o Dhlakama continua a ser o líder da oposição.
Jorge Alberto
REFLECTINDO
Não me lembro das reflexões do Sithole em torno de Deviz na Beira mas acho que a situação seria realmente semelhante senão até melhor porque certamente que Simango teria alguns deputados do MDM contrariamente à Beira onde a assembleia municipal é constituída pela Frelimo, Renamo e GDB que na “hora do vamos lá ver” se alia naturalmente á Frelimo de onde teve sua génese. Nenhum deputado principalmente os novos estariam interessados numa possível dissolução do parlamento.
COCKTAIL MOLOTOV
Breve mas profundo foi o comentário do reflectindo. Obrigado pela visita ao Meu Mundo.
CHAUQUE
Eu penso que as decisões do parlamento estarem refém de negociações entre as bancadas que constituissem a AR seria muito saudável, pois deixavamos de ter situações em que a bancada que tivesse a maoiria decidisse sozinha oque bem entendesse.
Quanto á onda de criminalidade e a posição de Rodolfo das Maputadas, só posso lamentar. Só quem não vive em Moçambique pode pensar assim pois a história de assaltos não é de hoje. Me fez lembrar oque um porta voz disse na Beira também em torno da criminalidade. Podemos dizer que a história de Anibalzinho tem algo a ver com as eleições? Santo fanatismo!
CARO ANÓNIMO
Eu penso que Sithole olhou a coisa só por um ângulo. Ou ficou entertido demais como oque vimos nas legislaturas passadas onde a Frelimo usando a maioria que tinha no parlamento fez e desfez.
CARO ANÓNIMO(JORGE ALBERTO)
Está difícil relacionar oque escreveste no teu comentário e aquilo que está aqui em discussão. Fico com a impressão que não nos leste/entendeste(ao Sithole e a mim). Se nos tivesses lido desprovido de fanatismo de alguma espécie, terias descoberto que tanto o Sithole no texto que deu origem a esta postagem como eu, estamos no campo hipotético. Em momento algum dissemos(acreditamos) que Deviz Simango ganharia as eleições. Oque fizemos foi analisar hipoteticamente uma situação em que Deviz ganhasse as eleições e o seu partido perdesse a ponto de não ter na AR deputados suficientes que o apoiassem.
Vou lhe dar um exemplo para lhe refrescar as ideias que me parecem baralhadas. Um cientista pode muito bem analisar hipoteticamente oque aconteceria se o planeta terra por alguma razão tomasse a forma cúbica( coisa que jamis acontacerá), não haveria fanatismo nenhum nisso.
Quanto à liderança da opisição por parte de Dhlakama eu teria que entender se liderar a oposição é a mesma coisa que ser o segundo mais votado. Se for isso estamos juntos
Caro Nelson
Espero que o Jorge Alberto te tenha entendido a partir desse exemplo físico. Afinal quem disse que essa hipótese só diz respeito a Daviz e só para as últimas eleicões e só nas gerais? Pelo menos a mim, a hipótese levou-me ao um exercício e à consulta da Constituicão da República.
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