Como se pode ler abaixo, o amigo Dedé voltou a escrever-me mais uma carta. Dedé fala dos transportes públicos com enfoque na aquisisção de nvos autocarros.
Entro de rompante aos teus aposentes mais cedo que o habitual para exprimir-lhe meu desagrado quanto aos novos autocarros dos TPM, Nelson!
Nelson, você sabe que o País não tem uma política de transportes públicos tão pouco normas que norteiem o desenvolvimento deste sector importantíssimo sobretudo para o moçambicano pacato.
O vazio legal e regulação apropriada dos transportes é airosamente usado pelos camaradas no poder para um sem fins de situações embaraçosas que culminam num autêntico rodopio,
- seja em compras de autocarros e mercado pouco de reconhecida reputação comercial com o grosso a destinar-se ao turismo, seja em aumentos pouco sóbrios que de repente são abortados;
- seja em compras mais recentes ainda de outros autocarros, por assim dizer, numa jornada de festivais de defraudações ao estado em pretensas sub/sobre/facturações para comprar viaturas de pouca qualidade;
- seja ainda numa demissão desenfreada do PCA daquela empresa de transporte público e seu colectivo, alegadamente por desobediência ao governo.
Nelson, tal como aconteceu aos concursos de fornecimento de energia para a Vila de Vilanculos em que o alto magistrado tinha infiltrado sua empresa num concurso público e que veio se a saber que a tal era de facto sua empresa, obrigou a instituição credora internacional ao projecto a interpelá-lo, tendo a retirado cabisbaixo e desavergonhadamente, hoje constam notícias de que as mais de meia centena de autocarros dos TPM foram fornecidos aos estado por uma das empresas de que é dono o chefe do estado. Tal empresa ganhou o concurso de fornecimento dos autocarros! Você pode se rever neste chefe do estado caso isto constitua uma verdade? As minhas preocupações, Nelson, continuam a ser esta/s:
- Ausência da política de transportes
- Interferência dolosa e danosa das figuras de proa em empresas pública
- Aparente apatia do público diante da alta corrupção
- Leis pouco relevantes que, antes de mais, defendem os detentores de cargos mais altos de gestão da coisa pública em prejuízo do estado e da população.
Se tal acontecesse enquanto o transporte público servisse a cada vez mais moçambicanos nos distritos e localidades deste país, ao menos. Agora não! Mais teria dito. Um abraço
Dedé Moquivalaka
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