
Na blogsfera(no virtual) é como na “na vida real” mesmo, temos amigos próximos e distantes. Dede é próximo para mim. Para além de trocarmos ideias nos nossos blogs, nos “cruzavamos” em muitas outras virtualidades e de várias maneiras que tinhamos inventado. O seu rico Miradouro era uma das primeiras “janelas” que eu abria para deixar o ar de notícias me inundar os pulmões do cérebro. Sempre que podiamos, trocávamos umas cartas, aqui e lá.
De repente Dede sumiu. O Miradouro parou no tempo e lgo depois de lhe terem remodelado a cara. As cartas nunca mais, e eu, SAUDADES.
Hoje decidi escrever-lhe qualquer coisa. Decidi querer saber onde anda o meu amigo Dede. Quem o souber por favor. Asseguir minhas saudades:
Dede meu caro!
Sumir, sumiste e muito.
Sumiste bem sumido.
Que mesmo bem tentado, não deu para não te perceber o sumisso.
O miradouro “enteando-se”.
As nossas corresponências “entupidas” algures.
Como não te perceber o sumisso?
Queria muito saber é por onde andas.
E por quantas andas.
A vida nos prega dessas eu sei.
Sei tanto caro Dede.
Aquele saber, de saber na pele própria
Quando a gente quer e não pode
Ou pode mas não deve
A vida sabe nos aprontar eu sei.
Consola-me só.
Saber que a vida não pára.
Não pára nunca mesmo não é?
Pára aqui mas continua ali
Continua algum lugar
E como continua!
E quando a vida volta aqui
Tem a mania de voltar com tudo
Por isso eu aprendi a esperar
Doloroso como esperar é
Aprendir a esperar que a vida volte
Vá ela onde tiver ido
E tem essa coisa que chamamos saudades
Caro Dede!
Coisa que sente na ausência
Mas se mede na presença
É que saudades
Só temos do que nos está ausente
E do que já nos deliciou com presença
Saudade do ontem
Que se foi mas continua bem aqui
Caro Dede!
Como nada termina
Vou esperando que voltes.
Nelson Livingston
Bem pensada esta carta para o Dede.
ResponderEliminarAcredita Nelson que não és o único a estranhar tamanha ausência.
Ficamos todos a aguardar por notícias.
Um abraço
Bom saber que tem mais gente sentindo sua falta. Espero que logo logo ele quebre esse silencio. vamos esperar...
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